Visitantes, moradores e esportistas de atividades na natureza ganham novas possibilidades de conexão e recreação dentro da Água Mineral, como é conhecido o Parque Nacional de Brasília (PNB). Pesquisadores e estudiosos ganham também espaço para investigação e preservação histórica-arqueológica em áreas específicas dentro do Parque.
As novas possibilidades como a recreação no Lago de Santa Maria, novas trilhas (caminhadas e bikes) e a conexão com o sistema de trilhas do Caminhos do Planalto Central (CPC) são as janelas abertas com a aprovação do Plano de Manejo pela Portaria 3107 do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O novo Plano foi apresentado pela analista ambiental do ICMBio, Ana Rafaela D’Amico, em solenidade que contou com a presença de autoridades como o presidente do Instituto, Mauro Pires, e a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Marina Silva.
“Quanto mais a população tiver contato de forma respeitosa com o Parque, mais ele se torna importante para a comunidade e mais será preservado”, disse a ministra após a apresentação. Segundo ela, o novo Plano de Manejo é uma ampliação de ganhos, desde a criação do Parque, sua ampliação e agora com a incorporação de avanços na gestão de unidades de conservação. A Portaria com a aprovação do Plano de Manejo e a solenidade de apresentação ocorreram no Dia do Cerrado (11 de setembro), no Centro de Visitantes da Água Mineral. Durante a apresentação, a analista Ana Rafaela destacou a visão de futuro do Parque, enfatizando que ele está presente na vida do brasiliense e, assim, compartilha a riqueza dele com o Brasil e com o mundo.
Ainda não há data para a liberação do Lago de Santa Maria para recreação
As novas oportunidades de visitação não são imediatas, pois, antes, será preciso detalhar os quatro planos que compõem o portfólio de planejamento do Parque: Plano de Uso Público, Plano de Manejo Integrado de Fogo, Plano de Prevenção e Controle de Espécies Exóticas e Invasoras e Plano de Gestão Socioambiental. O Plano de Uso Público, segundo Ana Rafaela, está bastante avançado e foi acompanhado pela Caesb (Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal), pois o ponto central é o uso do Lago de Santa Maria para recreação e visitação. A segurança do visitante, a segurança do abastecimento e a segurança do meio ambiente foram os eixos que nortearam a decisão de viabilizar a entrada de visitantes no Lago de Santa Maria.
Segundo o Plano de Uso Público, o Lago de Santa Maria poderá contemplar atividades de banho, recreação não motorizada a exemplo de uso de caiaque e stand-up, trilhas e a visitação ao sítio histórico (Fazenda Santa Maria). Além da oportunidade de recreação e visitação ao Lago, o Plano também contempla a conexão com o Sistema de Trilhas Ecológicas, permitindo que o trilheiro passe pelo Parque para percorrer as trilhas de longo curso dos Caminhos do Planalto Central (CPC), como inclusive o Movimento CPC já teve oportunidade de apresentar nas oficinas de elaboração do Plano
A apresentação do novo Plano de Manejo foi acompanhada pelo Movimento de Apoio ao CPC e o secretário-geral do Movimento, João Carlos Machado, enfatiza que há a perspectiva da consolidação dos Arcos Brasília, Cafuringa e União e até a criação de novas trilhas. “Quem conhece o que já foi implementado na Floresta Nacional de Brasília (Flona) e na Serrinha do Paranoá, por exemplo, sabe o quanto a visitação é importante para a proteção do Parque”, comenta João, ressaltando que no Parque Nacional o cuidado deve ser redobrado pois a característica do PNB é a de uma unidade de proteção integral. Na visão do Movimento CPC, o novo Plano de Manejo acompanha a visão contemporânea de que a visitação sustentável é uma ferramenta de apoio à conservação e à educação ambiental. “Foi um dia histórico, afinal o @caminhosdoplanaltocentral passa pelo Parque”, ressalta João Carlos.
No Canal de YouTube do Movimento CPC você pode ver o vídeo e ouvir o áudio da apresentação do Plano de Manejo do PNB, no dia 11 de setembro, que foi realizada pela analista ambiental do ICMBio, Ana Rafaela D’Amico. A gravação foi autorizada e foi realizada por integrantes do Movimento CPC.
